quinta-feira, 4 de julho de 2013

Uso inteligente das lâmpadas

Em 2001 uma acentuada crise de energia que ficou conhecida como apagão, motivou grande parte da população brasileira, principalmente nos grandes centros urbanos, a substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas, as chamadas lâmpadas econômicas, mas sem ter muito conhecimento do produto.


A fluorescente compacta é realmente uma lâmpada econômica, desde que seja usada adequadamente. Assim como todas as fluorescentes usa um reator – no caso dos modelos de rosquear (soquete E27), ele vem acoplado à lâmpada –, e, apesar de serem mais aperfeiçoadas, ainda têm vida útil reduzida pelo acender e apagar em curto espaço de tempo, ou seja, não são adequadas para ambientes de curta permanência, como banheiros e corredores. Neste caso, a economia obtida na conta de energia consumida mensalmente irá se perder com a necessidade de adquirir uma nova peça.

Nesses ambientes de curta permanência, qual seria a lâmpada certa? Essa questão é bastante complexa. Descartando as fluorescentes, para esse caso, restam as halógenas e os LEDs. A halógena é uma lâmpada sofisticada, com diversos modelos e preços, e que aquece bastante. Para ser bem explorada, exige conhecimento mais aprofundado. Fica difícil para o consumidor escolher sozinho. Por exemplo, o modelo com aparência igual à de uma incandescente custa dez vezes mais caro que esta e dura apenas o dobro do tempo. Por isso, usar com eficiência essa fonte de luz exige estudo de um “light designer”.

O LED teve um bom avanço tecnológico, com base de rosquear (soquete E27) e cor amarelada (temperatura de cor) mais parecida com a incandescente – apesar de seu índice de reprodução de cor, pouco divulgado, ficar em apenas 85%. Essa lâmpada expandiu sua aplicação de uso e está disponível em praticamente todas as versões da halógena. Indicado para locais que exigem lâmpadas acessas por horas seguidas, o que justificaria o custo do investimento inicial, o LED pode suprir a deficiência da fluorescente em locais de curta permanência, com acendimento frequente, para quem pode e gosta de investir em novas tecnologias. Porém, ainda passa longe do grande público.


Encontramos aqui, uma lacuna na tecnologia das lâmpadas. Para a grande maioria, falta o mercado oferecer uma lâmpada econômica em consumo e com preço atraente que desestimule a aquisição da perdulária e barata incandescente, até que cesse sua fabricação. Na Europa ela só é fabricada com até 40W e, no Brasil, a partir do próximo ano, não estarão mais disponíveis as de 100W, reduzindo gradativamente a comercialização.

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