Em 2001 uma acentuada crise de energia que
ficou conhecida como apagão, motivou grande parte da população brasileira,
principalmente nos grandes centros urbanos, a substituir as lâmpadas
incandescentes por fluorescentes compactas, as chamadas lâmpadas econômicas,
mas sem ter muito conhecimento do produto.
A fluorescente compacta é realmente uma lâmpada econômica,
desde que seja usada adequadamente. Assim como todas as fluorescentes usa um
reator – no caso dos modelos de rosquear (soquete E27), ele vem acoplado à
lâmpada –, e, apesar de serem mais aperfeiçoadas, ainda têm vida útil reduzida
pelo acender e apagar em curto espaço de tempo, ou seja, não são adequadas para
ambientes de curta permanência, como banheiros e corredores. Neste caso, a
economia obtida na conta de energia consumida mensalmente irá se perder com a
necessidade de adquirir uma nova peça.
Nesses ambientes de curta permanência, qual seria a lâmpada
certa? Essa questão é bastante complexa. Descartando as fluorescentes, para
esse caso, restam as halógenas e os LEDs. A halógena é uma lâmpada sofisticada,
com diversos modelos e preços, e que aquece bastante. Para ser bem explorada,
exige conhecimento mais aprofundado. Fica difícil para o consumidor escolher
sozinho. Por exemplo, o modelo com aparência igual à de uma incandescente custa
dez vezes mais caro que esta e dura apenas o dobro do tempo. Por isso, usar com
eficiência essa fonte de luz exige estudo de um “light designer”.
O LED teve um bom avanço tecnológico, com base de rosquear
(soquete E27) e cor amarelada (temperatura de cor) mais parecida com a
incandescente – apesar de seu índice de reprodução de cor, pouco divulgado,
ficar em apenas 85%. Essa lâmpada expandiu sua aplicação de uso e está
disponível em praticamente todas as versões da halógena. Indicado para locais
que exigem lâmpadas acessas por horas seguidas, o que justificaria o custo do
investimento inicial, o LED pode suprir a deficiência da fluorescente em locais
de curta permanência, com acendimento frequente, para quem pode e gosta de
investir em novas tecnologias. Porém, ainda passa longe do grande público.
Encontramos aqui, uma lacuna na tecnologia das lâmpadas.
Para a grande maioria, falta o mercado oferecer uma lâmpada econômica em
consumo e com preço atraente que desestimule a aquisição da perdulária e barata
incandescente, até que cesse sua fabricação. Na Europa ela só é fabricada com
até 40W e, no Brasil, a partir do próximo ano, não estarão mais disponíveis as
de 100W, reduzindo gradativamente a comercialização.
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