Em alguns locais do planeta, as condições climáticas são tão
extremas que planejar e erguer construções podem ser atividades incrivelmente
complexas. Os profissionais do escritório paranaense Estúdio 41 tiveram um
desafio dessa magnitude ao desenvolverem o projeto da nova sede brasileira na
Antártica, destruída por um incêndio em 2012.
Com um investimento estimado em R$ 72 milhões, a base deve
ter suas obras iniciadas no próximo verão antártico. Ainda no final de 2013, o
processo de licitação para a execução do projeto deve ser concluído, e a
Marinha estima que o complexo entre em operação até março de 2015. Além do
contrato de construção da base, os vencedores recebem R$ 100 mil como prêmio.
Para a implantação dos edifícios propostos, o Estúdio 41
levou em consideração a topografia da Península Keller e as necessidades de
preservação das áreas de vida animal e vegetal do entorno, entre outros
fatores. Diversas condições previstas pelo Zoneamento Ambiental de Uso serão
respeitadas de modo a minimizar os impactos na natureza.
Os setores funcionais estão organizados em blocos que
distribuem os usos. O bloco superior abriga os camarotes, áreas de serviço e de
jantar/estar. Já no bloco inferior foram incorporados os laboratórios e as
áreas de operação e manutenção. Esse mesmo bloco abriga as garagens e o paiol
central.
Um bloco transversal reúne o uso social e de convívio. Nesse
trecho estão posicionados a sala de vídeo/auditório, a lan house, a sala de
reuniões e videoconferência, a biblioteca, e o estar. Os edifícios são
suspensos sobre pilares reguláveis de modo que podem ser adaptados às mudanças
provocadas pela variação de temperatura e ao degelo.
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